As denúncias da advogada Andréia Cândido Vitor, que teria sofrido abusos por parte de policiais militares paranaenses, dentre os quais estão à prisão arbitrária e o sofrimento de torturas físicas e psicológicas, motivadas por preconceito racial, ocorridos no dia 24 de novembro de 2012, chamou a atenção dos integrantes do movimento “Juristas de Cristo”. Um agrupamento que reúne profissionais jurídicos com a finalidade de reflexão sobre o cristianismo, o direito e a cidadania.
Nas denúncias a advogada fala sobre uma ação truculenta da polícia militar de Curitiba, no Estado do Paraná, no qual, segundo, teriam agredido, ofendido e proferido palavras de preconceito racial contra ela e moradores de um bairro da capital paranaense.
“Deveras, causa-nos profunda indignação à forma extremamente agressiva e truculenta com que alguns policiais militares paranaenses agiram na operação, destoando por completo daquilo que se espera de um legítimo servidor público cuja função primordial é a proteção das pessoas e a manutenção da ordem”, expressa a entidade em nota oficial.
Durante a ação militar os policiais teriam agredido os moradores da comunidade, entre eles idosos e crianças, além de, conforme relato da advogada, pronunciarem palavras de cunho discriminatório e racial.
Durante as denuncias a advogada se emociona ao relembrar os fatos e pede para que as autoridades competentes investiguem a ação da PM paranaense.
Em nota os Juristas de Cristo expressaram repúdio ao ato de violência e desrespeito de um órgão público que deveria garantir a segurança da comunidade e proceder pelo cumprimento da lei.
Sobre os Juristas de Cristo
O grupo de Juristas de Cristo é um grupo de cristãos evangélicos de todo o Brasil, composto por juristas de diversos perfis. São professores, advogados, juízes, procuradores, servidores públicos, pastores, que debatem temas ligados ao mundo cristão. É uma espécie de fórum que discute de forma atualizada, por um grupo de e-mail, todos os temas que são trazidos a debate. Tem a característica de ser um grupo muito democrático em que não há um “chefe”, e todos podem apresentar as suas opiniões. É um grupo rico porque tem pessoas de todo Brasil, de várias denominações, idades, cargos, etc. Estimo que haja em torno de 150 componentes.
Assista ao vídeo:
Leia a nota dos Juristas de Cristo
“Os integrantes do “Juristas de Cristo”, agrupamento que reúne profissionais jurídicos de diferentes correntes denominacionais, com a finalidade de reflexão sobre o Cristianismo, o Direito e a Cidadania, abaixo assinados, considerando as graves denúncias formuladas pela advogada Andréia Cândida Vitor (OAB/PR 27.325), no sentido de que teria sofrido abusos por parte de policiais militares paranaenses, dentre os quais estão a prisão arbitrária e o sofrimento de torturas físicas e psicológicas, motivadas por preconceito racial, ocorridos no dia 24 de novembro de 2012, vêm, através desta nota, assim se manifestar:
A citada denúncia, disponibilizada na rede mundial de computadores, revela fatos gravíssimos e estarrecedores. Deveras, causa-nos profunda indignação à forma extremamente agressiva e truculenta com que alguns policiais militares paranaenses agiram na operação, destoando por completo daquilo que se espera de um legítimo servidor público cuja função primordial é a proteção das pessoas e a manutenção da ordem.
Através deste instrumento, solidarizamo-nos com a Drª. Andréia Cândida Vitor, vítima desse sórdido episódio, parabenizamos a OAB, subseção do Paraná, pela atenção imediatamente prestada à causa, conclamamos as autoridades públicas da cidade de Curitiba e do Estado do Paraná a fim de que procedam à apuração imediata e punição exemplar de todos aqueles quanto envolvidos nesse vergonhoso episódio de afronta e desrespeito a direitos fundamentais dos mais comezinhos e, sobretudo, instamos a sociedade civil como um todo a estar atenta quanto a todos os desdobramentos que surgirem do caso.
Em verdade, nosso repúdio, ora materializado, é um pedido de respeito à dignidade do ser humano, à democracia e à Constituição Federal, elementos oficialmente cristalizados em nossa sociedade, que, repise-se, virá através de apuração firme e penalização dos eventuais responsáveis pelos crimes cometidos.
À vista desse descalabro, a sociedade não pode se calar, tampouco o Estado pode tolerar uma tal situação, sob pena de voltarmos à barbárie.
É o que, por ora, cumpria-nos expressar.
Juristas de Cristo
Assista outros vídeos que foram reportagem no Bom Dia Parana (Rede Globo) - TV Uol / Rede Bandeirantes
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Policiais militares invadem casa e agridem moradores no Paraná
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Fonte: O Verbo e mídias relacionadas acima
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