Atendendo emenda do deputado ao Orçamento 2014, União empenha R$ 200 mil para radiografia do setor no Brasil visando fortalecer atividade, com maior consumo interno e exportações
Conseguir uma radiografia da cadeia produtiva e do mercado consumidor de flores no Brasil é um objetivo que o deputado federal Junji Abe (PSD-SP) está próximo de alcançar. Atendendo emenda do parlamentar à LOA – Lei Orçamentária Anual 2014, o governo federal empenhou R$ 200 mil para a realização do trabalho.
Efetivado nesta semana, o empenho resulta de uma batalha iniciada por Junji em 2011, quando ele apresentou a emenda pela primeira vez. Embora incorporada à receita orçamentária de 2012, a iniciativa não vingou por falta de recursos federais em caixa. “Demorou, mas conseguimos que o empenho fosse sacramentado. Sabemos que a liberação não poderá ocorrer até o fim do 2º turno das eleições, por conta das restrições legais em ano eleitoral”, comentou o deputado.
O pretendido estudo visa subsidiar as ações para dinamizar a estrutura produtiva, principalmente por meio de cooperativas, ampliar o consumo interno e incentivar as exportações. Os recursos deverão ser repassados à Ocesp – Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo a fim de viabilizar o diagnóstico da cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais
“Não existe no País um levantamento preciso sobre a cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais e nem sobre o mercado. Estas informações são preciosas para o planejamento e execução de ações voltadas a aprimorar a atuação de todos os elos da corrente e atender com eficiência quem compra os produtos”, explicou Junji que preside a Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros.
O mapeamento da cadeia produtiva e do mercado consumidor de flores e plantas ornamentais deverá ser conduzido pela Veiling Holambra. Junji esclareceu que a cooperativa é o maior centro de comercialização de flores e plantas ornamentais do País, respondendo por 45% do mercado nacional, além de ter reconhecida atuação nos Estados Unidos e Europa. Trabalha com mais de 400 fornecedores da macrorregião campineira e de outros grandes polos produtores.
Como vice-presidente da FPA – Frente Parlamentar da Agropecuária na Região Sudeste, Junji apontou a escassez generalizada de informações sobre as cadeias produtivas como um dos principais entraves para o fortalecimento do setor. “Um dos maiores desafios a serem vencidos é a sistematização dos dados para apurar o diagnóstico e, então, trabalhar nas soluções”, atestou, acrescentando ser imprescindível promover a maior sinergia entre os diversos atores.
Segundo o deputado, as cadeias produtivas de olerícolas (verduras, legumes, tubérculos e bulbos), champignon, mel e derivados e de outros itens destinados ao abastecimento do mercado interno – todas abrangidas pela Pró-Horti – terão de passar por mapeamento completo, assim como o proposto para as flores.
O início do trabalho pela cadeia produtiva de flores se deve ao fato de a Veiling Holambra ser uma cooperativa já estruturada para traçar a radiografia. “Em outros tempos, teríamos as grandes cooperativas agrícolas, como Cotia e Sul Brasil, para fazer o mapeamento nas demais áreas, como a de hortaliças. Entretanto, ambas sucumbiram diante da escalada inflacionária e não surgiram outras com condições de assumir a tarefa”, analisou, ao evidenciar a necessidade de resgatar o sistema cooperativista na horticultura.
Para dimensionar a importância da produção nacional de flores e plantas ornamentais no fortalecimento do agronegócio brasileiro, Junji deu números – os existentes até agora e que não englobam a cadeia toda.
O segmento fechou 2013, movimentando nada menos que R$ 5,2 bilhões, considerando apenas o valor da produção. O significativo PIB – Produto Interno Bruto do setor vem do trabalho de 8,017 mil produtores que cultivam 13 mil hectares (130 milhões de metros quadrados) a céu aberto e em estufas, gerando 194 mil empregos diretos.
Mesmo assim, pontuou o deputado, o consumo nacional desses produtos é muito baixo no Brasil. Cada brasileiro gasta US$ 9 dólares, o equivalente a menos de R$ 17, por ano em flores e plantas ornamentais. Na Suíça, o gasto per capita anual é de US$ 174; na Noruega, US$ 164; na Áustria, US$ 109; na Holanda, US$ 80; nos Estados Unidos, US$ 58; Japão, US$ 45; e Inglaterra, US$ 30. Até o argentino compra mais que o brasileiro: US$ 25 por ano.
O baixo do consumo per capita de flores e plantas ornamentais no Brasil é uma situação que se repete com as hortaliças e frutas, como afirma Junji. Ele pondera que o quadro constrói mais um indicador de que “algo precisa ser azeitado” nas cadeias produtivas.
O pretendido mapeamento visa, por exemplo, apurar eventuais obstáculos que têm de ser eliminados para estimular o brasileiro a comprar mais. “Principalmente com o célere crescimento da classe média. O que o consumidor deseja? De que forma quer? Até quanto está disposto a gastar? Estas são algumas perguntas que, respondidas, abrirão caminho para a expansão e fortalecimento do setor no mercado interno e no exterior”, descreveu Junji.
De acordo com o deputado, o crescimento do agronegócio tem impacto positivo direto sobre o bem-estar social. Com a expansão do setor, enumerou Junji, “ganha toda cadeia produtiva, inclusive o consumidor que ganha em qualidade e preços, ganha a economia brasileira em aumento de receita, ganha a sociedade em empregos, renda e mais investimentos públicos em setores essenciais”, como educação, saúde e transportes.
Fonte: AI
Conseguir uma radiografia da cadeia produtiva e do mercado consumidor de flores no Brasil é um objetivo que o deputado federal Junji Abe (PSD-SP) está próximo de alcançar. Atendendo emenda do parlamentar à LOA – Lei Orçamentária Anual 2014, o governo federal empenhou R$ 200 mil para a realização do trabalho.
Efetivado nesta semana, o empenho resulta de uma batalha iniciada por Junji em 2011, quando ele apresentou a emenda pela primeira vez. Embora incorporada à receita orçamentária de 2012, a iniciativa não vingou por falta de recursos federais em caixa. “Demorou, mas conseguimos que o empenho fosse sacramentado. Sabemos que a liberação não poderá ocorrer até o fim do 2º turno das eleições, por conta das restrições legais em ano eleitoral”, comentou o deputado.
O pretendido estudo visa subsidiar as ações para dinamizar a estrutura produtiva, principalmente por meio de cooperativas, ampliar o consumo interno e incentivar as exportações. Os recursos deverão ser repassados à Ocesp – Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo a fim de viabilizar o diagnóstico da cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais
“Não existe no País um levantamento preciso sobre a cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais e nem sobre o mercado. Estas informações são preciosas para o planejamento e execução de ações voltadas a aprimorar a atuação de todos os elos da corrente e atender com eficiência quem compra os produtos”, explicou Junji que preside a Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros.
O mapeamento da cadeia produtiva e do mercado consumidor de flores e plantas ornamentais deverá ser conduzido pela Veiling Holambra. Junji esclareceu que a cooperativa é o maior centro de comercialização de flores e plantas ornamentais do País, respondendo por 45% do mercado nacional, além de ter reconhecida atuação nos Estados Unidos e Europa. Trabalha com mais de 400 fornecedores da macrorregião campineira e de outros grandes polos produtores.
Como vice-presidente da FPA – Frente Parlamentar da Agropecuária na Região Sudeste, Junji apontou a escassez generalizada de informações sobre as cadeias produtivas como um dos principais entraves para o fortalecimento do setor. “Um dos maiores desafios a serem vencidos é a sistematização dos dados para apurar o diagnóstico e, então, trabalhar nas soluções”, atestou, acrescentando ser imprescindível promover a maior sinergia entre os diversos atores.
Segundo o deputado, as cadeias produtivas de olerícolas (verduras, legumes, tubérculos e bulbos), champignon, mel e derivados e de outros itens destinados ao abastecimento do mercado interno – todas abrangidas pela Pró-Horti – terão de passar por mapeamento completo, assim como o proposto para as flores.
O início do trabalho pela cadeia produtiva de flores se deve ao fato de a Veiling Holambra ser uma cooperativa já estruturada para traçar a radiografia. “Em outros tempos, teríamos as grandes cooperativas agrícolas, como Cotia e Sul Brasil, para fazer o mapeamento nas demais áreas, como a de hortaliças. Entretanto, ambas sucumbiram diante da escalada inflacionária e não surgiram outras com condições de assumir a tarefa”, analisou, ao evidenciar a necessidade de resgatar o sistema cooperativista na horticultura.
Para dimensionar a importância da produção nacional de flores e plantas ornamentais no fortalecimento do agronegócio brasileiro, Junji deu números – os existentes até agora e que não englobam a cadeia toda.
O segmento fechou 2013, movimentando nada menos que R$ 5,2 bilhões, considerando apenas o valor da produção. O significativo PIB – Produto Interno Bruto do setor vem do trabalho de 8,017 mil produtores que cultivam 13 mil hectares (130 milhões de metros quadrados) a céu aberto e em estufas, gerando 194 mil empregos diretos.
Mesmo assim, pontuou o deputado, o consumo nacional desses produtos é muito baixo no Brasil. Cada brasileiro gasta US$ 9 dólares, o equivalente a menos de R$ 17, por ano em flores e plantas ornamentais. Na Suíça, o gasto per capita anual é de US$ 174; na Noruega, US$ 164; na Áustria, US$ 109; na Holanda, US$ 80; nos Estados Unidos, US$ 58; Japão, US$ 45; e Inglaterra, US$ 30. Até o argentino compra mais que o brasileiro: US$ 25 por ano.
O baixo do consumo per capita de flores e plantas ornamentais no Brasil é uma situação que se repete com as hortaliças e frutas, como afirma Junji. Ele pondera que o quadro constrói mais um indicador de que “algo precisa ser azeitado” nas cadeias produtivas.
O pretendido mapeamento visa, por exemplo, apurar eventuais obstáculos que têm de ser eliminados para estimular o brasileiro a comprar mais. “Principalmente com o célere crescimento da classe média. O que o consumidor deseja? De que forma quer? Até quanto está disposto a gastar? Estas são algumas perguntas que, respondidas, abrirão caminho para a expansão e fortalecimento do setor no mercado interno e no exterior”, descreveu Junji.
De acordo com o deputado, o crescimento do agronegócio tem impacto positivo direto sobre o bem-estar social. Com a expansão do setor, enumerou Junji, “ganha toda cadeia produtiva, inclusive o consumidor que ganha em qualidade e preços, ganha a economia brasileira em aumento de receita, ganha a sociedade em empregos, renda e mais investimentos públicos em setores essenciais”, como educação, saúde e transportes.
Fonte: AI
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