O novo chefe de Estado de Israel,
Reuven Rivlin, telefonou nesta segunda-feira (11) à presidenta Dilma
Rousseff. Durante a conversa, os dois presidentes conversaram sobre
os recentes conflitos na Faixa de Gaza. Reuver Rivlin também pediu
desculpas a Dilma pelas declarações do porta-voz do Ministério das
Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, segundo as quais o
Brasil seria um “anão diplomático”.
De acordo com nota à imprensa
divulgada nesta noite pela Secretaria de Comunicação Social da
Presidência, o novo presidente de Israel disse que as expressões
utilizadas pelo funcionário não “correspondem aos sentimentos da
população de seu país em relação ao Brasil”. As declarações
do porta-voz foram dadas em julho, quando o Itamaraty condenou o uso
desproporcional da força, por Israel, no conflito na Faixa de Gaza.
Dilma reforçou a posição “histórica”
do país, em foros internacionais, de defender a coexistência entre
Israel e Palestina “como dois Estados soberanos, viáveis
economicamente e, sobretudo, seguros”. Segundo a nota, a presidente
brasileira demonstrou igualdade no tratamento dado pela diplomacia
brasileira ao caso: o de condenar ataques a Israel, mas também o uso
“desproporcional da força em Gaza, que levou à morte centenas de
civis, especialmente mulheres e crianças”.
O novo presidente de Israel disse que
seu país estava se defendendo dos ataques com mísseis que o
território vinha sofrendo. Dilma, por sua vez, manifestou esperanças
de que o cessar-fogo e as atuais negociações possam contribuir para
uma solução definitiva de paz na região. Ainda segundo a nota, a
presidenta considerou que a crise “não poderá servir de pretexto
para qualquer manifestação de caráter racista, seja em relação
aos israelenses, seja em relação aos palestinos”.
Fonte: AB
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