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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Em protesto com crianças e adolescentes, Carlos Bezerra Jr. denuncia omissão em órgão que recebe denúncias de abusos


Mais de mil pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos com velas nas mãos protestaram na Avenida Paulista, no vão do MASP, contra o abuso infantil. O ato público, incentivado pelo deputado estadual Carlos Bezerra Jr. (PSDB), realizado no dia 18 de maio de 2011, que marcou o Dia Nacional de Combate à Violência e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

A manifestação “Quebre o Silêncio” teve início pouco antes das 18h, se estendeu até às 20h e chamou atenção das principais mídias do país. A TV Globo, o jornal Folha de S.Paulo, o Portal R7 – da Record – deslocaram equipes e repórteres para a cobertura do evento que foi marcado pela apresentação de documento que exige do Disque 100, órgão federal que recebe denúncias de violência infanto-juvenil, mais agilidade no encaminhamento dos casos.

“Muitas vezes, os relatos de abuso demoram um mês para serem redirecionados do âmbito da União, que recolhe as queixas, à rede paulista de proteção à criança. Nesse hiato, abusadores fazem novas vítimas, crianças são novamente abusadas, o mecanismo de denúncia perde credibilidade e o ciclo de violência é mantido. Quebrar o silêncio começa com cobrar do Poder Público uma postura responsável no tratamento desse tema”, explica Bezerra Jr., autor do requerimento.

Ativista engajado na conscientização e no combate à violência contra crianças, o deputado estadual é o criador do 1º Observatório da Infância de SP e autor de lei que protege 150 mil crianças paulistanas contra abusos treinando educadores para prevenir e identificar precocemente situações de risco. Como vereador de São Paulo, cargo que ocupou por 10 anos, o parlamentar foi relator da CPI “da Pedofilia” e conduziu investigação que denunciou a precariedade dos mecanismos de escuta à infância.

Durante o ato, grupo de adolescentes se destacou usando mordaças em protesto contra a dificuldade de registrar denúncias de abuso. Além das velas, crianças levaram cartazes e faixas, que apresentavam aos motoristas que paravam no semáforo. Também foram distribuídas cartilhas de esclarecimento sobre violência sexual contra crianças e adolescentes.

A iniciativa foi coordenada pela ONG Makanudos, e teve apoio do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e a participação de várias ONGs cristãs como RENAS, Rede Mãos Dadas, FALE, AEBVB, Exercito de Salvação, Fundação Comunidade da Graça e Visão Mundial. Além delas, a Childhood-Brasil (WCF), o Instituto Sedes Sapientiae e a organização Toca do Estudante também incentivaram a manifestação.

“A presença evangélica numa ação como essa deve servir como estímulo. Nossa fé precisa, invariavelmente, vir acompanhada de ação prática, de atitudes que sinalizem que não nos conformamos com a injustiça e que, mais do que isso, estamos organizados e empenhados em interrompê-la”, afirmou Wellington Pereira, assessor de advocacy da Visão Mundial.

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi criado pela Lei n.º 9.970, de 17 de maio de 2000, em razão do crime que comoveu o país, ocorrido na cidade de Vitória, capital do Espírito Santo, em 1973. Naquele ano, a menina Araceli Cabrera Crespo, de apenas oito anos, foi espancada, violentada e assassinada. Até os dias de hoje, os culpados pelo bárbaro crime não foram punidos.

Fonte e foto: Assessoria do Deputado

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