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segunda-feira, 3 de julho de 2017

Proibição do comércio de vendedores ambulantes gera protesto no centro de BH

Léo Rodrigues
Camelôs de Belo Horizonte fizeram um protesto hoje (3) contra medidas anunciadas pela prefeitura da capital mineira para coibir o comércio por parte de vendedores ambulantes. Gritando palavras de ordem contra o prefeito Alexandre Kalil, os manifestantes interditaram o trânsito na Praça Sete, no centro da cidade, onde se cruzam as avenidas Afonso Pena e Amazonas. A Polícia Militar fez uso de bombas de gás lacrimogênio para dispersar o protesto.

Durante a confusão que começou pela manhã, lojistas chegaram a fechar as portas e houve correria de quem passava pelo local.  Até o fim da tarde, ainda havia camelôs na Praça Sete conversando com a população. Diversos estabelecimentos abertos mantinham, por precaução, as portas parcialmente fechadas e um funcionário na entrada observando a movimentação.

Segundo vendedores ambulantes, houve feridos com tiros de bala de borracha disparados pela Polícia Militar. “Usaram a força para reprimir quem não tem força. Foi uma covardia”, disse o camelô Luciano de Oliveira, que vende acessórios para celulares, óculos e brinquedos. Por sua vez, a corporação diz que um grupo minoritário entre os manifestantes arremessou pedras contra policiais e danificou uma viatura, sendo necessária a intervenção com jatos de água, bombas de gás lacrimogêneo e tiros de bala de borracha.

“Vias importantes foram fechadas pela manhã e, através do diálogo, nós negociamos a retirada dos manifestantes e liberação das pistas. Infelizmente, um grupo estava mais exaltado, mas foi uma ação rápida. A PM é parceira de qualquer manifestação, desde que ocorra dentro da ordem, o que estava ocorrendo até que alguns se exaltaram”, disse o major Flávio Santigo, chefe da sala de imprensa da Polícia Militar. De acordo com ele, não houve detidos, mas vídeos ainda serão analisados para identificar eventuais crimes.

Operação
O protesto ocorreu após a prefeitura de Belo Horizonte dar início hoje (3) a uma operação de fiscalização para coibir a venda de ambulantes nas ruas do centro da cidade. O trabalho consiste em orientar camelôs com estrutura montada que este tipo de trabalho infringe o Código de Posturas do município. Caso insistam em continuar com as atividades, os produtos à venda são apreendidos e a infração pode gerar uma multa de aproximadamente R$1,9 mil.

“A operação está sendo realizada por uma equipe composta por cerca de 400 pessoas, entre fiscais, agentes de campo, Guarda Municipal e Polícia Militar”, informou em nota a prefeitura. Paralelamente, o Poder Público vem propondo alternativas aos vendedores ambulantes. Uma delas é ocupar estandes nos shoppings populares que existem no centro da cidade. Para tanto, um projeto de lei deverá ser enviado à Câmara Municipal nos próximos dias com o objetivo de garantir um subsídio temporário para que os ambulantes consigam se instalar e se adaptar a estes locais.

Entre os dias 26 e 28 de junho, cerca de 1,5 mil camelôs cadastrados e não cadastrados foram atendidos em uma estrutura onde a prefeitura apresentou esta e outras opções. Entre as demais medidas asseguradas, estão a inserção no mercado de trabalho formal através das oportunidades disponíveis no Sistema Nacional de Emprego (Sine BH) e a oferta de 669 vagas gratuitas em cursos de qualificação nas áreas de administração, contabilidade, artesanato, culinária e informática, entre outras. Também serão ofertadas vagas em feiras semanais de plantas, antiguidades, livros, artesanato, comidas, entre outros.

Impasse
O Código de Posturas foi aprovado em 2003 por meio da Lei Municipal 8616 e sancionado pelo então prefeito Fernando Pimentel (PT), atual governador de Minas Gerais. O Artigo 118 proíbe a atividades de camelôs em logradouros públicos.

Luciano de Oliveira é camelô há cerca de 30 anos e considera que a saída apresentada pela gestão de Alexandre Kalil é a mesma que foi proposta em 2003 por Pimentel.  “Nós fomos para os shoppings populares, mas lá acabamos explorados por empresários e perdemos nossas economias. Precisei investir em um estande e não tive retorno. O aluguel é caro. Além disso, o shopping não tinha piso, não tinha porta, fizemos investimentos do nosso bolso. E o ponto precisava de movimento. Não tinha mais condições financeiras de ficar lá. Por isso, voltei para a rua e agora querem me mandar de volta”.

Outra dificuldade relatada por Oliveira é a concorrência dos chineses que atuam nos shoppings populares. Eles teriam forte poder econômico e acesso a mercadorias com preços melhores, o que dificulta a competição.

Contraproposta
Camelô há mais de 20 anos, Robson da Silva Braga trabalha atualmente com bolsas e acessórios para celulares e está se movimentando para apresentar uma contraproposta. Ele defende a organização de uma feira livre na Praça da Rodoviária, onde os camelôs seriam devidamente cadastrados. Colhendo assinaturas, ele tem atualmente mais de 400 apoiadores.

Para Braga, Belo Horizonte carece de um espaço como o Saara, no Rio de Janeiro, e a Rua 25 de Março, em São Paulo. “Nós não queremos atrapalhar os lojistas e nem a população. Só queremos um local adequado de trabalho, mas queremos uma decisão racional e que seja definitiva. Nós precisamos conseguir o pão de cada dia. Uma feira administrada pelos próprios ambulantes funcionando diariamente, com eventos para atrair consumidores, proporciona isso”, diz.

Braga também rechaça a proposta da prefeitura. “Vendedores ambulantes existem desde a Idade Média. Camelôs trabalham na rua e não em shoppings. Nos shoppings nós somos explorados por empresários. Eles ganham às nossas custas e depois querem cobrar aluguéis altíssimos e nos jogam de novo nas ruas”, diz.

Fonte: AB / Foto: Léo Rodrigues

domingo, 2 de julho de 2017

“Como Vencer o Medo” com Pr. Flauzilino Araújo dos Santos

Trump se encontrará com Putin durante a cúpula do G20 nesta semana

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, vai se encontrar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na próxima semana na cúpula do G20 em Hamburgo, na Alemanha, disse a Casa Branca nesta quinta-feira (29).  O encontro será realizado entre 7 e 8 de julho.

O conselheiro de segurança nacional dos EUA, HR McMaster, fez o anúncio em um briefing da Casa Branca, acrescentando que "não há uma agenda específica. Será realmente o que o presidente quiser falar."

O primeiro encontro entre os dois líderes virá em meio a tensões entre os EUA e a Rússia, pois os dois países detêm diferenças sobre uma série de questões, incluindo o conflito na Síria, a crise ucraniana e a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Em abril, Trump disse que os EUA "não estavam se dando bem com a Rússia" e as relações entre os dois países "poderiam ser as piores da história.”

Reunindo-se com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, em Washington, em meados de maio, Trump expressou seu desejo de construir uma melhor relação entre os dois países.

O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, disse que os EUA estão trabalhando para estabilizar seu relacionamento com a Rússia, que está "em uma baixa histórica.”

Fonte: AB

Samoa é o primeiro país do mundo a se declarar “cristão”

Parlamento mudou Constituição e poderá proibir o islamismo

Com 75% da população se declarando evangélica e 23% católica, Samoa é um Estado soberano da Polinésia na Oceania, formado por várias ilhas, sendo as principais Savai’i e Upolu. Ela foi parte da Nova Zelândia até 1962.

Temendo uma invasão do Islã, o primeiro-ministro Tuilaepa Malielegaoi explicou que o governo está preocupado com as “guerras religiosas” que ocorrem atualmente em um nível global, resultando em guerras civis dentro das nações.

Por isso, o Parlamento da Samoa aprovou recentemente uma lei que altera a Constituição. O país passou a ser oficialmente um Estado cristão. Entre os 49 representantes do Parlamento, 43 votaram a favor da proposta.

Samoa já tinha uma referência ao cristianismo na Constituição, afirmando que a ação do governo deveria estar “dentro dos limites prescritos pelos mandamentos de Deus” e também que sua sociedade é “baseada em princípios cristãos”.

Antes, o primeiro artigo da sua Constituição declarava que “Samoa é fundada em Deus”, mas essa expressão poderia ser aplicada a todos os grupos religiosos. Termos similares são usados pela Indonésia, de maioria muçulmana.

Na versão atual, o artigo 1 do texto constitucional estabelece: “Samoa é uma nação cristã, fundada em Deus Pai, Filho e Espírito Santo”, mostrando um entendimento especificamente cristão de Deus, sem margem para interpretação de outros grupos religiosos, governo ou judiciário.

Curiosamente, nem a Lei Fundamental do Estado da Cidade do Vaticano, considerada a Constituição do Vaticano declara a cidade-Estado uma nação cristã.

Islã proibido
O Secretário Geral do Conselho de Igrejas de Samoa, pastor Ma’auga Motu, está usando esse argumento para pedir que o Islã seja proibido. O censo de 2001 indica que existem cerca de 50 muçulmanos no país, representando 0,03% da população. Todos frequentam a única mesquita edificada nas ilhas.

Outro aspecto que chama atenção é que, com essa alteração constitucional, os líderes samoanos querem evitar que pressões externas introduzam mudanças significativas na sociedade local.

Uma das questões levantadas durante os debates no Parlamento era o reconhecimento de casamentos entre pessoas do mesmo sexo, algo que agora ficou impossível de ser aprovado. Com informações Christian Post e The Diplomat

Em São Paulo, espetáculo traz relatos de sobreviventes da tragédia de Mariana

Daniel Mello

O maior desastre ambiental ocorrido Brasil, o rompimento da Barragem de Fundão, no estado de Minas Gerais, inspira o espetáculo Hotel Mariana. A peça, feita a partir de depoimentos dos sobreviventes da tragédia, será encenada nos dias 4 e 5 de julho no Itau cultural, na Avenida Paulista, região central da capital.

No palco, os atores escutam, com fones de ouvido, relatos de pessoas que passaram pelo acidente que destruiu comunidades inteiras com a liberação de milhões de toneladas de rejeitos de mineração, além de devastar a vegetação nativa e causar danos à Bacia do Rio Doce. As histórias vão sendo reproduzidas para o público, mostrando a diversidade das pessoas que foram impactadas pelo episódio ocorrido em novembro de 2015.

O rompimento da barragem pertencente a mineradora Samarco provocou a morte de 19 pessoas. Na ocasião, os desalojados do distrito de Bento Rodrigues, o mais atingido pela avalanche de resíduos, se hospedaram em hoteis na região central de Mariana (MG).

Situação atual
No início de junho, o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) firmaram um acordo com a Samarco e suas controladoras, Vale e BHP Billinton, para contratação de uma assessoria técnica para os moradores do município mineiro de Barra Longa, também atingido pelo desastre. Essa assessoria deverá contribuir para que a população afetada do município pelo desastre ambiental tenha participação efetiva no processo de reparação de seus direitos.

Em Barra Longa, o distrito de Gesteira foi parcialmente destruído e deverá ser reconstruído com recursos da Samarco. Na área urbana, a lama de rejeitos também causou estragos. Em outubro do ano passado, a mineradora reinaugurou a Praça Manoel Lino Mol, que foi reconstruída como parte do processo de recuperação dos danos.

A contratação de uma assessoria técnica independente, escolhida pela própria comunidade, era prevista em um acordo preliminar firmado em janeiro deste ano entre o MPF e a Samarco. O modelo já havia beneficiado as famílias impactadas em Mariana. Lá a comissão de atingidos, formada majoritariamente por pessoas que moravam nos distritos destruídos Bento Rodrigues e Paracatu, escolheu a Cáritas. A entidade oferece aos impactados consultoria de profissionais de áreas como arquitetura, direito e, agronomia.

Fonte: AB