Ângulo Produções

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sábado, 31 de março de 2018

Querem tirar seus filhos de você, por Ubirajara Crespo

Ubirajara Crespo
A
criança não é propriedade do Estado. Ela é um ser único e muito valioso, que deve ter a liberdade de se submeter, voluntariamente ao programa formador que ela quiser. É dever da família preparar a criança para ser capaz de fazer esta escolha.
A família cristã leva a criança até Jesus e a deixa nas mãos dele. O Estado é apenas uma instituição e não possui características de uma pessoa. Não tem coração e é dirigido por quem está mais interessado em satisfazer a si mesmo do que ao povo. Uma instituição não ama, apenas cria um programa construtor de conhecimento.

As instituições religiosas, que são administradas como se fossem empresas, correm o risco de cair no mesmo erro. A história é as profecias bíblicas mostram claramente, que a tendência desse tipo de instituição é naufragar.

O estado é laico, amoral, não religioso e às vezes imoral. Para sermos absolutamente sinceros, o Estado se mostra incompetente para tomar em suas mãos o seu próprio destino e de quem quer que seja. Quem confiaria seus filhos a um sistema desse?

Eu já fui criança e o modo como o estado me trata não tem nada a ver com amor e doação, coisa que somente minha mãe fez por mim.

O estado suga o meu trabalho, dinheiro e esforço para subsistir e premiar os seus privilegiados.

Já mostrou, largamente, seu desinteresse para tratar minhas doenças, me alimentar convenientemente. Em contrapartida, é eficiente para sugar meus recursos pessoais e exigir que eu esteja disposto a matar e morrer por ele.

Diante disto, quanto mais longe eu colocar meus filhos e netos deste olhar de lobo faminto do qual o Estado está tomado, melhor.

Ele não trata criança nenhuma pessoa como um filho, não morre pelos meus meus netos, bem por nenhuma das pessoas que amo e não faz nenhum sacrifício eficiente para resolver nossos problemas mais fulminantes. Até agora o meu relacionamento com o estado foi de dar para ele quase a metade do que ganho e de me tornar na fonte mantenedora para as suas necessidades, incompetências e falcatruas.

Quem confiaria a sua vida a uma coisa dessas? O Estado não passa de uma coisa e jamais será gente, cujo coração pulsa movido por amor.

O Estado deveria ser controlado e não o controlador.

Fonte: Sob Nova Direção


Em SP, trem para Aeroporto de Guarulhos começa a funcionar neste sábado

Ludmilla Souza

A linha de trem 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que liga São Paulo ao Aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos, começou a circular neste sábado (31). Por enquanto a linha está em operação assistida: durante um mês os trens circularão das 10h às 15h, somente aos sábados e domingos e de forma gratuita. Depois, passará a circular em todos os dias no mesmo horário e no terceiro mês começará a operação comercial, com cobrança de tarifa.

A Linha 13-Jade, que ligará a capital ao Aeroporto Internacional Governador André Franco Montoro, em Guarulhos, tem 12,2 km de extensão e três estações: Aeroporto-Guarulhos, Guarulhos-Cecap e Engenheiro Goulart (totalmente reconstruída), onde haverá integração com a Linha 12-Safira (Brás-Calmon Viana), na capital paulista.

Segundo a CPTM, a demanda projetada é 120 mil passageiros por dia útil. A linha beneficiará principalmente os moradores das duas maiores cidades do Estado, além de atender aos turistas e aos profissionais que vão a São Paulo para negócios.  A linha até o Aeroporto de Guarulhos foi prometida inicialmente para 2004.

De acordo com a Companhia,as obras só foram iniciadas em 2013 após a efetiva licitação para contratação. Durante a inauguração ocorrida neste sábado (31), o governador de São Paulo Geraldo Alckmin disse que estudos para trazer o trem para o aeroporto existem há 50 anos e que a obra foi entregue no prazo. “A obra foi licitada em 2013, em 2017 entregamos a primeira estação [Engenheiro Goulart] e em 2018 foi entregue [estações Aeroporto-Guarulhos, Guarulhos-Cecap]”, disse Alckmin, indagado sobre atrasos na entrega da obra.

Operação Linha 13-Jade

No primeiro mês, será realizada a operação assistida, atendendo as Estações Engenheiro Goulart, Guarulhos-Cecap e Aeroporto, com intervalos de cerca de 30 minutos, aos sábados e domingos, das 10h às 15h. O trajeto será feito em cerca de 15 minutos. No segundo mês, a operação ocorrerá no mesmo horário e será ampliada para todos os dias na semana. Nessas duas primeiras etapas de operação assistida não será cobrada tarifa dos usuários.

A partir do terceiro mês, a operação passará a ser realizada das 4h à 0h no serviço regular, entre as estações Engenheiro Goulart, Guarulhos-Cecap e Aeroporto-Guarulhos. Também começará a funcionar um novo serviço, o Connect, um ônibus executivo que sairá da Estação Brás até a Estação Aeroporto-Guarulhos somente nos horários de pico, sem a necessidade de baldeação na Estação Engenheiro Goulart. O trajeto terá cerca de 35 minutos, com o trem parando nas estações para embarque e desembarque e o valor da tarifa será o mesmo do trem metropolitano, que hoje custa R$ 4.

No quarto mês, a previsão é que entre em operação o serviço Airport-Express, ônibus executivo que levará os usuários direto da Estação Aeroporto-Guarulhos até a histórica Estação da Luz, onde há transferência para as linhas 7-Rubi e 11-Coral da CPTM e para as linhas 1-Azul e 4-Amarela do Metrô, além de outras facilidades de transportes como ônibus e táxi. O trajeto será realizado em cerca de 35 minutos e os trens partirão em 4 horários programados nos dois sentidos. A tarifa será diferenciada e o valor está sendo definido.

Desembarque no terminal 1

A Estação Aeroporto Guarulhos estava inicialmente projetada para ser próxima ao terminal 3, conhecido como terminal internacional, mas foi construída próxima ao terminal 1, o que deixará os passageiros distantes da área de embarque. A mudança ocorreu após o aeroporto, que era administrado pela Infraero, ser concedido à iniciativa privada.

No aeroporto, o trem para na estação que fica em frente ao terminal 1, onde operam as companhias Azul e Passaredo. Para ir para os principais terminais do aeroporto, o Terminal 2 (voos nacionais) e o Terminal 3 (voos internacionais), será preciso atravessar a passarela e tomar um ônibus gratuito que será disponibilizado pela concessionária do aeroporto.

Fonte: AB - Foto: Governo de São Paulo

quinta-feira, 29 de março de 2018

Membros da nova diretoria do Comtur tomam posse

Cerimônia foi realizada no auditório da ACE e contou com a presença de representantes da sociedade civil organizada e do Poder Público

O Conselho Municipal de Turismo (Comtur) de Suzano teve sua nova diretoria empossada na noite desta quarta-feira (28/03). Em cerimônia realizada no auditório da Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Suzano, membros da sociedade civil organizada e do Poder Público foram aclamados para compor o colegiado pelos próximos dois anos.

O grupo é considerado uma instância de planejamento participativo na gestão local, sendo constituído como um fórum deliberativo no tema turismo. Sua missão é consolidar parcerias e proporcionar, por meio de suas ações, o envolvimento e o comprometimento dos mais variados setores socioeconômicos do município no fomento da atividade turística.

Atuante desde 2015, ano de sua criação, o Comtur tem como carro-chefe o pleito de tornar Suzano Município de Interesse Turístico (MIT) e, consequentemente, possibilitar que receba recursos desta área. Atualmente, a cidade está sendo avaliada pelo governo Estado e é uma das favoritas a conquistar esse reconhecimento. Suzano está no páreo por atender requisitos técnicos e estruturais exigidos em lei, como ter meios de hospedagem, serviços de alimentação e de informação turística e capacidade de atender a população fixa e flutuante, quanto ao abastecimento de água e coleta de resíduos sólidos. Os trâmites administrativos para o MIT também já foram feitos, como a ativação de um conselho.

Formado por um terço de representantes do Poder Público Municipal e dois terços de integrantes da sociedade civil organizada, totalizando 24 entidades, o Comtur tem como presidente o representante da Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil (Adibra) Antonio Cláudio Tavares Rocha. Sua vice-presidente é a diretora da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Geração de Emprego Ana Rosa Augusto Rodrigues. Ao todo, são 20 conselheiros titulares eleitos.

Dentre as funções do conselho está a promoção e a articulação de toda a sociedade por meio de campanhas que propiciem a transformação de cada cidadão em agente da imagem turística e defensor do patrimônio cultural e ambiental do município, bem como estimular as atividades culturais e turísticas no município.

“A importância do Comtur está na sua condição de fórum deliberativo para o fomento do turismo. Como tal, deve estar comprometido com a busca do equilíbrio entre a preservação cultural e ambiental e o desenvolvimento das suas potencialidades, de modo que a atividade turística possa ser capitalizada com base na sustentabilidade”, frisou o secretário de Desenvolvimento Econômico e Geração de Emprego de Suzano, André Loducca.

Fonte: SCS - Foto: Mauricio Sordili

Junji clama por mobilização

Mel Tominaga

Empenhado em socorrer os pequenos negócios e salvar milhões de empregos, deputado pede união das entidades do setor para derrubar veto presidencial em sessão conjunta do Congresso, marcada para terça-feira 

Disposto a derrubar o veto presidencial ao Refis do Simples para socorrer os pequenos negócios e garantir a manutenção de milhões de empregos no País, o deputado federal Junji Abe (PSD-SP) conclama a mobilização das entidades representativas do setor para sensibilizar ainda mais os parlamentares. Motivo: foi convocada para as 14h30 da próxima terça-feira (03/04/2018), no Plenário da Câmara dos Deputados, sessão conjunta do Congresso Nacional, com o objetivo de analisar a decisão contrária do presidente Michel Temer (MDB) à concessão do parcelamento especial de dívidas dos pequenos empreendedores inseridos no Regime do Simples.

Houve uma série de parcelamentos especiais concedidos a diversos segmentos, porém, negados aos pequenos inseridos no Regime do Simples, como frisou Junji. “Precisamos ter sensibilidade extra, neste momento de grave recessão econômica, para entender que os pequenos empreendedores necessitam do Refis para se manterem na atividade e, com eles, 70% dos trabalhadores da iniciativa privada que empregam”, pontuou o deputado, que tem um robusto histórico de defesa dos micro e pequenos negócios como os principais responsáveis pela geração de empregos e estabilidade social no País.

O alerta do parlamentar faz parte mobilização que ele desencadeou a pedido de entidades de representativas do setor, como a CACB – Confederação das Associações Comerciais do Brasil, Sebrae-SP – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas e Sincomércio – Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes e Região. Desde então, Junji tem trabalhado junto aos deputados para tentar compor uma rede de apoio ao propósito de derrubar o veto presidencial.

A decisão presidencial foi tomada com base no argumento de que a proposta de parcelamento fere a Lei de Responsabilidade Fiscal, porque o governo abriria mão de receber impostos, sem garantias previstas de compensação. “Estamos falando em garantir que milhões de brasileiros mantenham seus empregos. Esta é a maior contrapartida social”, insistiu Junji.

O valor total dos débitos das aproximadamente 600 mil MPEs – Micro e Pequenas Empresas, a serem renegociados, atinge R$ 22,7 bilhões e o parcelamento previsto no Refis implicaria suposta renúncia de R$ 7,8 bilhões em 15 anos. Na explicação para o veto, a equipe econômica da Presidência da República não esclarece quanto do montante total do débito se refere ao principal e quanto é referente a juros e a multas que, seguramente, deve responder pela maior parte do total dos débitos fiscais.

Desde o início de janeiro, quando a proposta foi vetada, o próprio presidente Temer divulgou que vinha estudando meios de conceder o parcelamento sem ferir a legislação. O adiamento da decisão do Congresso sobre o veto seria parte da estratégia para que o impacto financeiro do programa de refinanciamento de dívidas tributárias de micro e pequenas empresas coubesse no Orçamento deste ano.

Independente da sinalização positiva para a derrubada do veto presidencial ao Refis do Simples, advertiu Junji, “é imprescindível a pressão sobre os congressistas das entidades representativas dos pequenos empreendedores, responsáveis por mais da metade dos empregos deste País, que foram aviltados pela decisão governamental de rejeitar seu direito de acesso aos parcelamentos especiais, já concedidos a diversos outros segmentos”.

Na visão do deputado, não pode prosperar o entendimento de alguns parlamentares de que se trata de um privilégio aos pequenos negócios. Ele assinalou que a cobrança integral dos débitos implica a desativação de muitos empreendimentos, incapazes de sobreviver ao peso fiscal. Segundo Junji, os pequenos negócios, representados por cerca de 12 milhões de empresas optantes do Simples Nacional, respondem por 27% do PIB – Produto Interno Bruto nacional e empregam a maior parte dos trabalhadores do setor privado.

O PLP – Projeto de Lei Complementar 171/2015, chamado de Refis do Simples, concede os mesmos benefícios de regularização tributária aos que estão no Regime de Tributação pelo Lucro Real ou Presumido para aqueles que estão no Regime Simples. Foi aprovado nas duas casas do Congresso Nacional, em dezembro último, mas acabou vetado pelo presidente Temer no início de janeiro.

A derrubada do veto permitirá às empresas que estão no Simples, mesmo que já estejam em algum parcelamento, a aderirem e refinanciarem suas dívidas. O texto abrangia débitos vencidos até novembro de 2017 e exigia entrada de 5% do valor total, sem descontos, em até cinco parcelas mensais e sucessivas. O restante poderia ser quitado de três formas diferentes: à vista, com descontos de 90% dos juros e de 70% das multas; parcelado em 145 meses, com abatimentos de 80% e 50%, respectivamente; e em 175 meses, com descontos de 50% e 25%. O prazo de adesão seria de até 90 dias, contados da publicação da lei.

Setor agrícola

O deputado federal Junji Abe também batalha pela derrubada de outro veto presidencial: aquele que impede o perdão de multas e encargos sobre as dívidas de produtores rurais. Houve veto parcial ao projeto que originou a Lei 13.606/18, responsável por instituir o PRR – Programa de Regularização Tributária Rural para débitos acumulados com o Funrural – Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural. O caso será apreciado pelos congressistas na sessão conjunta da próxima terça-feira. Unidos na FPA – Frente Parlamentar da Agropecuária, os ruralistas querem resgatar o conteúdo do Refis Rural.

No bolo dos vetos presidenciais ao Refis Rural, está o aumento de 25% para 100% de desconto das multas e encargos sobre os débitos acumulados com o Funrural e também o que impediu a redução das contribuições dos empregadores à Previdência. De acordo com o projeto de lei original enviado pelo Congresso, diminuiria de 2,5% para 1,7% da receita proveniente da comercialização dos produtos. Há ainda muitos outros, incluindo o que concedia descontos para liquidação de dívidas de agricultores familiares.

Fonte: AI

TV por assinatura apresenta queda de 120 mil contratos em fevereiro

De acordo com dados encaminhados pelas empresas de TV por Assinatura à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no mês de fevereiro de 2018 foram registrados 17.864.159 assinantes do serviço.  Em relação ao mês de janeiro de 2018, esse dado representa uma perda de 120.004 contratos ativos (-0,67%). Em comparação a fevereiro de 2017, a redução foi de 761.726 contratos (-4,09%).

Dos grupos acompanhados pela agência reguladora, em fevereiro de 2018 em relação a janeiro de 2018, a Oi registrou um aumento de 4.920 novos usuários (+0,32%) e a empresa Cabo obteve acréscimo de 131 usuários (+0,25%). A Sky registrou a maior redução em número de contratos ativos, a empresa teve perda de 71.204 contratos (-1,33%) e em segundo lugar ficou a Claro (NET) com menos 44.904 contratos (-0,50%).

Entre os grupos, na comparação de fevereiro de 2018 com fevereiro de 2017, o maior crescimento foi registrado pela Oi com  mais 189.722 contratos em operação (+14,22%), seguida pela Algar com aumento de 1.033 contratos (+1,07%). A Claro apresentou a maior redução com menos 800.257 contratos (-8,17 %), seguida da Vivo com redução de  98.085 contratos (-5,86 %), da Nossa TV com perda de 3.258 contratos (-2,55%).

Entre as Unidades da Federação, em 12 meses, em termos absolutos, registram redução: São Paulo, com queda de 401.441 contratos ativos (-5,62%), Rio de Janeiro, com redução de 98.929 (-3,90%) e Paraná, com menos 61.312 usuários (-6,84 %).  Em relação à variação percentual, os estados que mais perderam clientes foram: Amapá (-10,87%), Paraíba (-9,87%) e Sergipe (-9,61%). Em fevereiro em relação a janeiro, de 2018, o estado que mais apresentou redução, em termos absolutos, foi São Paulo com menos 42.345 usuários (0,62%).

Fonte: Anatel

Pesquisa com mais de 6 mil moradores de favelas revela medo da Polícia Militar

Léo Rodrigues

Medo e desconfiança são as duas palavras mais usadas por moradores de favelas do Rio de Janeiro para descrever seu sentimento em relação à Polícia Militar. É o que aponta um levantamento sobre as percepções de segurança pública com mais de 6 mil pessoas, que foram visitadas em suas casas entre setembro de 2015 e fevereiro de 2016. Os resultados foram apresentados hoje (28).

A pesquisa é do Laboratório de Pobreza, Violência e Governança (PoVgov) da Universidade de Stanford, instituição sediada dos Estados Unidos, e foi realizada em parceria com o Observatório de Favelas e a Redes da Maré, duas organizações da sociedade civil que atuam em comunidades do Rio de Janeiro. Foram entrevistados moradores da Cidade de Deus, Providência, Rocinha, Batan e Maré.

Entre os entrevistados, 16% relataram que um amigo, um conhecido ou um membro da família foi assassinado por um policial. Além disso, 20% já tiveram as suas casas invadidas por forças de segurança, já sofreram agressões e têm algum familiar que foi agredido por policiais.

Em relação ao crime, 15% relataram ter sofrido um assalto a mão armada, viram alguém assassinado por um criminoso ou tiveram suas casas invadidas por um bandido. "Muitas vezes a polícia está mais propensa a abusar dos direitos dos cidadãos do que os criminosos", aponta o estudo.

Eles também foram perguntados sobre "qual é o sentimento que a maioria da comunidade têm demostrado em relação aos policiais que atuam em sua favela" e lhes foram apresentadas várias opções de respostas, igualmente divididas entre palavras positivas e negativas, entre elas medo, respeito, desconfiança, admiração, simpatia, indiferença, desrespeito, indiferença e raiva. O entrevistado também poderia dizer qualquer outro sentimento que desejasse.

"Quando os residentes relacionam seus sentimentos com a polícia, eles costumavam usar uma linguagem negativa", registra o estudo. Medo e desconfiança foram as palavras mais utilizadas.

O relatório também traça o perfil dos entrevistados. Metade deles vive com uma renda média de um a dois salários mínimos. Em relação à escolaridade, 29% completaram o ensino fundamental e 26% completaram o ensino médio. Apenas 3% tiveram acesso à universidade. Dos entrevistados, 45% declararam-se como católicos e 41% como evangélicos, enquanto 14% se disseram adeptos de outras religiões e 24% afirmaram não ter religião.

Esse não é o primeiro estudo do laboratório da Universidade de Stanford desenvolvido no Rio de Janeiro. Em parceria com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Seseg) e a Polícia Militar, vem sendo realizados estudos com o objetivo de entender as causas individuais, contextuais e institucionais do uso da força letal policial. Pesquisas similares também são desenvolvidas no México.

UPP

O estudo trouxe também impressões do projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), criado em 2008, como um dos principais instrumentos de segurança pública do estado. No ano passado, foi anunciada uma reformulação e o remanejamento de um terço do efetivo que atuava nas favelas.

A UPP foi avaliada como positiva para a comunidade apenas por 31% dos entrevistados, enquanto 22% consideram a experiência negativa. Para 23%, houve melhora na relação entre comunidade e policiais, mas para 27% essa interação não melhorou. O maior número de entrevistados, no entanto, não apresentou avaliações positivas nem negativas, respondendo às perguntas dizendo que concordam "em parte" ou que "as coisas ficaram da mesma forma." Por outro lado, 48% dos entrevistados avaliaram que a UPP aumentou o desenvolvimento econômico local e 33% relataram que ajudou a diminuir a discriminação à favela.

As avaliações também diferem de uma comunidade para outra. No Batan, 60% da população acredita que a UPP foi uma ação positiva e apenas 4% tem uma opinião oposta. Na Rocinha, 40% dos entrevistados discordam que a UPP melhorou a comunidade, enquanto somente 20% concordaram com esta afirmação.

A Rocinha é também a única favela onde o número de moradores que querem a saída da UPP foi maior do que aqueles que querem a permanência. O fim do projeto é defendido por 30% dos entrevistados, contra 27% que não desejam. No Batan e na Cidade de Deus, mais da metade dos residentes acham que a UPP não deve abandonar a comunidade.

Na Providência, 37% têm essa mesma opinião, superando os que discordam dela. Na Maré, não há UPP, de forma que os moradores não opinaram sobre o assunto.

"Apesar da existência de opiniões diversas sobre a UPP, quando perguntamos diretamente aos moradores se querem que ela deixe a favela, 46% de todos os entrevistados respondem que não", disse a pesquisadora Beatriz Magaloni, diretora do PoVgov.

Sobre os resultados alcançados pelo projeto, apenas 14% responderam que a polícia conseguiu recuperar o controle territorial de grupos criminosos, enquanto 37% acham que houve falha nesse objetivo, e 30% relataram que a UPP não acabou com os confrontos armados entre grupos criminosos e policiais, enquanto 23% responderam que isso ocorreu. Em relação à criminalidade, apenas 32% acreditam que houve redução do crime. Para 49%, a situação não se alterou e 19% avaliam que as práticas criminosas cresceram.

Corrupção

Os entrevistados também avaliaram o nível de corrupção policial: 21% acham que aumentou e 22% que diminuiu. Particularmente na Rocinha, 35% moradores afirmaram que houve crescimento desse tipo de corrupção. É o maior índice entre as comunidades estudadas.

Os moradores das favelas relataram pedidos de subornos em ocasiões diversas, incluindo para autorizar a realização festas, para regularizar moto-táxis ou para não prender um membro da família. Em algumas áreas, a UPP teria práticas de milícia, cobrando para se ter acesso a serviços como TV a cabo, eletricidade e gás. Outra forma de atividade ilícita está ligada aos acordos com traficantes, onde os policiais recebem dinheiro para fazer vista grossa ao fluxo de drogas.

O relatório apontou ainda que as avaliações são diversas, considerados alguns perfis dos entrevistados. As mulheres são significativamente mais propensas a aprovar a UPP do que os homens. Por outro lado, os moradores que têm filhos desaprovam mais do que aqueles que não são pais. Além disso, os negros tendem a ser menos favoráveis à UPP do que os brancos.

Fonte e Foto Arquivo: Agência Brasil

Jornalista Jessé de Almeida presta homenagem ao comunicador Ronaldo Tedesco

“Tedesco  foi um dos percussores do rádio segmentado”

Ronaldo Tedesco e sua esposa Kelly Martins
O jornalista Jessé de Almeida postou em suas redes sociais uma ‘homenagem” ao comunicador e apresentador Ronaldo Tedesco, que foi lembrado por sua contribuição na história da  comunicação evangélica em São Paulo.

No facebook do jornalista a postagem de um antigo jornal, informava o sucesso  do comunicador na época.

Para quem não sabe, Ronaldo Tedesco foi um dos percussores  desde o  seu inicio nas rádios comunitárias na região leste  de São Paulo. Entre elas as Rádios: Mensagem FM , Esperança FM  e outras.

Já foi diretor da rádio Melodia (SP) e apresentador da extinta TV Palavra.  Atualmente Tedesco se encontra distante da mídia sem previsão de volta; porém amigos e seguidores aguardam o seu retorno.