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sábado, 26 de janeiro de 2013

Ministério da Saúde estará em Ferraz na segunda-feira


Cidade foi sorteada entre outras do País para serem fiscalizadas quanto à aquisição de medicamentos entre janeiro de 2010 e dezembro de 2012; secretário municipal de Saúde acredita que auditores poderão questionar, também, o armazenamento inadequado por parte da administração anterior de materiais médico-hospitalares comprados recentemente

Auditores do Ministério da Saúde (MS) estarão em Ferraz de Vasconcelos (SP) na segunda-feira (28 de janeiro) para analisar a compra de remédios feita pela administração municipal entre os anos de 2010 e 2012. A visita foi confirmada na tarde de ontem (25 de janeiro) pelo secretário de Saúde da cidade, Juracy Ferreira da Silva (PMDB), durante a reunião realizada em Suzano pelo Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) entre os comandantes da pasta de toda a região.

O secretário de Saúde de Ferraz vai acompanhar passo a passo os trabalhos do MS na cidade. Os auditores adiantaram nesta semana que chegam ao município na parte da manhã. Contudo, não precisaram o horário. A expectativa é que seja entre 9 e 11 horas. Tendo em vista os problemas que tem enfrentado desde que assumiu a Saúde do governo de Acir dos Santos (PSDB), o Acir Filló, Silva prevê que a União encontrará irregularidades durante a inspeção.

O chefe da pasta também acredita que o mal armazenamento por parte da administração passada de materiais médico-hospitalares utilizados na rede municipal também poderá ser questionado pelo MS. Há algumas semanas, o secretário encontrou centenas de caixas de produtos, inclusive, inflamáveis, acondicionados de maneira irregular no Centro de Atendimento Integrado à Saúde da Mulher (Caism), localizado no Parque São Francisco, e no Centro Odontológico abrigado no Centro de Atenção Integral à Criança (Caic), na Vila Arbame.

Álcool, seringas, máscaras cirúrgicas, luvas, soro, aparelho para respiração artificial, gel para a realização de ultrassom, iodo, espéculo vaginal (utilizado na colheita para exame de Papanicolau), afastador de língua e cânula de traqueostomia, por exemplo, estão amontoados em caixas de papelão e em sacos plásticos em espaços sem ventilação e iluminação adequados. Mesmo com a data de vencimento longínqua, muitos materiais terão de ser incinerados por conta do mal armazenamento, com direito à exposição à infiltração, bolor e insetos.

Silva explica que Ferraz de Vasconcelos e outras cidades do País foram escolhidas por sorteio para serem fiscalizadas quanto à aquisição de medicamentos entre janeiro de 2010 e dezembro de 2012. No momento em que agendaram a vistoria no município, os auditores solicitaram uma relação com todos os documentos pertinentes ao assunto, sobretudo os que tratam sobre a compra de remédios feitas com repasses:

         "Já determinei aos funcionários da Secretaria de Saúde de Ferraz que fosse feito o levantamento, para que as informações fiquem à disposição dos auditores com clareza e rapidez. Pelo jeito que encontrei a pasta, é bem possível que o Ministério da Saúde encontre irregularidades nas compras realizadas nos últimos três anos", observa Silva, que já foi informado que não terá acesso ao relatório preliminar dos auditores.

Isonomia salarial
O secretário de Saúde de Ferraz de Vasconcelos, Juracy Ferreira da Silva (PMDB), falou sobre a auditoria do Ministério da Saúde em sua cidade durante a reunião realizada ontem entre os secretários municipais de Saúde do Alto Tietê. Convocado pelo prefeito de Itaquaquecetuba, o médico Mamoru Nakashima (PTN) e organizada pelo Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), o encontro serviu para que os gestores discutissem a possibilidade de unificar os salários dos médicos da região.

Apesar de acreditar que a isonomia poderia facilitar a permanência dos médicos na rede municipal, principalmente pelos baixos salários oferecidos não de hoje no setor, o representante ferrazense não acredita que a proposta avance. Segundo Silva, um dos entraves é a disparidade de arrecadação e de orçamento entre as cidades que o Alto Tietê abarca:

"Esse é um detalhe importante, que poderia, inclusive, inviabilizar a criação de um salário igual para a categoria na região. Mogi das Cruzes, por exemplo, é o oitavo município mais rico do Estado de São Paulo. Na outra ponta, temos Ferraz, o quinto mais pobre em investimento público. Não dá para se discutir igualdade salarial entre essas duas cidades".

Juracy defende que a questão seja discutida pelo Governo do Estado, pelo Congresso Nacional e pelo Ministério da Saúde:

"Essas esferas é que precisam nos ajudar a colocar em prática esse tipo de melhoria, que, indiscutivelmente, resultaria num melhor atendimento à população que depende da rede pública de saúde”, avalia o gestor.

Fonte: SCFV / Foto: Jovino Souza

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