Vinicius Lisboa
Manifestantes pelos direitos humanos fizeram hoje (1º) um protesto para pedir que o antigo prédio do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), na região central do Rio de Janeiro, abrigue um centro de memória da resistência durante a ditadura militar. Inaugurado no início do século 20, o prédio é da Polícia Civil e, durante a ditadura, foi cenário de violações aos direitos de presos políticos.
O ato se concentrou a dois quarteirões do prédio e caminhou em sua direção durante a tarde. Os manifestantes levavam cartazes que lembravam a repressão do regime militar e denunciavam a persistência de práticas que contrariam os direitos humanos, como a tortura. A psicóloga Vera Vital Brasil, que chegou a ser presa no prédio em 1969, disse que o trabalho da Comissão Nacional da Verdade permitiu abrir a pauta da memória a grupos que vão além dos torturados e dos familiares de mortos e desaparecidos.
"Essa luta é uma luta conjunta, que precisa ser apropriada por todos que estiveram nas prisões do passado, como eu estive, como também os jovens que hoje vivem a barbárie, o genocídio da população pobre e negra. Se a gente não conhecer a nossa história, não vai dar um passo à frente para construir o nosso país", disse a militante, que hoje tem 70 anos e é integrante do coletivo RJ Memória, Verdade e Justiça.
Ao fim da caminhada, os manifestantes se concentraram na frente do prédio, e representantes dos coletivos destacaram a violência sofrida no passado e no presente por grupos como mulheres, moradores de favela e religiosos de matriz africana, traçando paralelos com a repressão política da ditadura. Foram lidos trechos do depoimento de Inês Etienne Romeu, militante que foi torturada na década de 70 na Casa da Morte, de Petrópolis. No centro de tortura, ela recebeu choques elétricos nos membros, na cabeça e nos seios, foi estuprada e espancada repetidas vezes.
Inês foi a única pessoa que sobreviveu à tortura no local e depôs em 1979 à Ordem dos Advogados do Brasil sobre os crimes de que foi vítima. Antes de morrer, em 2015, ela também pôde contar sua história à Comissão Nacional da Verdade.
Fonte: AB
Manifestantes pelos direitos humanos fizeram hoje (1º) um protesto para pedir que o antigo prédio do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), na região central do Rio de Janeiro, abrigue um centro de memória da resistência durante a ditadura militar. Inaugurado no início do século 20, o prédio é da Polícia Civil e, durante a ditadura, foi cenário de violações aos direitos de presos políticos.
O ato se concentrou a dois quarteirões do prédio e caminhou em sua direção durante a tarde. Os manifestantes levavam cartazes que lembravam a repressão do regime militar e denunciavam a persistência de práticas que contrariam os direitos humanos, como a tortura. A psicóloga Vera Vital Brasil, que chegou a ser presa no prédio em 1969, disse que o trabalho da Comissão Nacional da Verdade permitiu abrir a pauta da memória a grupos que vão além dos torturados e dos familiares de mortos e desaparecidos.
"Essa luta é uma luta conjunta, que precisa ser apropriada por todos que estiveram nas prisões do passado, como eu estive, como também os jovens que hoje vivem a barbárie, o genocídio da população pobre e negra. Se a gente não conhecer a nossa história, não vai dar um passo à frente para construir o nosso país", disse a militante, que hoje tem 70 anos e é integrante do coletivo RJ Memória, Verdade e Justiça.
Ao fim da caminhada, os manifestantes se concentraram na frente do prédio, e representantes dos coletivos destacaram a violência sofrida no passado e no presente por grupos como mulheres, moradores de favela e religiosos de matriz africana, traçando paralelos com a repressão política da ditadura. Foram lidos trechos do depoimento de Inês Etienne Romeu, militante que foi torturada na década de 70 na Casa da Morte, de Petrópolis. No centro de tortura, ela recebeu choques elétricos nos membros, na cabeça e nos seios, foi estuprada e espancada repetidas vezes.
Inês foi a única pessoa que sobreviveu à tortura no local e depôs em 1979 à Ordem dos Advogados do Brasil sobre os crimes de que foi vítima. Antes de morrer, em 2015, ela também pôde contar sua história à Comissão Nacional da Verdade.
Fonte: AB
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