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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Jeruza Reis: “Estou disposta a fazer o melhor. Não quero ser mais uma”


Por Anderson Fernandes

Falar o que pensa, sem mascarar sentimentos. Tomar atitudes diferentes e quebrar sistemas. Trabalhar uma vereança sem assistencialismo. Esses são objetivos da vereadora de Poá, Jeruza Lisboa Pacheco Reis, 41 anos. Parlamentar em exercício desde o dia 16 de dezembro de 2009, ela é a quarta mulher a ocupar cadeira no Poder Legislativo poaense e foi eleita suplente do PTB com 1.035 votos. Foi empossada em substituição ao vereador Wellington Lopes da Silva (PTB), que faleceu vítima de embolia pulmonar, no dia 14 de dezembro de 2009.

Desde que assumiu o cargo, Jeruza vem conquistando espaço. Porém, como ela mesmo faz questão de dizer, o começo do trabalho na Câmara não foi fácil: “Tive que ter uma postura muito firme para demonstrar que pode ser diferente, que eles (vereadores) não tinham que me hostilizar, que eles tinham que me aceitar”.

A coragem e a postura firme de Jeruza deram resultado. Em dezembro de 2010, a parlamentar foi eleita vice-presidente da Câmara de Poá, função que teve de renunciar por ser incompatível com sua profissão. A vereadora decidiu abdicar do cargo em referência a algumas normas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Em maio deste ano, Jeruza foi eleita presidente da Comissão Provisória do PTB de Poá. A decisão partiu do deputado estadual Campos Machado, presidente estadual e secretário-geral da Executiva Nacional do partido.

Há alguns dias, a vereadora aceitou falar com o Blog do Fernandes. E contou muitas coisas que certamente vão repercutir na região e em Poá nos próximos dias. Acompanhem a entrevista.

Blog do Fernandes: Como foi sua infância?
Jeruza Lisboa Pacheco Reis: Apesar de ter nascido em São Paulo, eu fui criada durante a minha infância em Cachoeira Paulista, no interior do Estado. Então foi uma época muito boa, a mais rica que uma pessoa pobre pode ter, porque tinha muita liberdade, contato com a natureza, muitas brincadeiras, um contato muito próximo com à família, principalmente com a minha avó, ou seja, uma vivência muito rica de hábitos simples.

Blog do Fernandes: Com qual idade você veio para Poá?
Jeruza: Aos 9 anos cheguei a Poá e para mim foi um choque, porque aqui é uma cidade mais urbanizada que Cachoeira Paulista. Aqui as ruas eram mais movimentadas. Porém, essa experiência também foi um aprendizado e eu sempre fui muito dedicada na escola, nos estudos e aos 12 anos já participava de grêmios e outras atividades extracurriculares.

Blog do Fernandes: Você disse que sempre foi muito aplicada nos estudos. Em sua opinião, o que mudou na escola hoje em comparação à época em que ainda estudava?
Jeruza: Todo contexto. Mudanças que vão desde o espaço físico ao interesse e preparação dos professores. Eu, por exemplo, tive ótimos professores, profissionais que me encantavam, que me fascinavam e hoje percebemos que em muitas disciplinas, muitas matérias, elas deixam de ser interessantes porque os professores não encantam, apenas apresentam algo que foi determinado, que tem de ser cumprido. Ou seja, não apresentam algo a mais despertando o interesse e a paixão dos estudantes.

Blog do Fernandes: Acredita que falta empenho por parte dos professores?
Jeruza: Não necessariamente. Mas, com o salário pequeno dos professores e muitos tendo que dar aulas em duas, três escolas para sobreviver, faz com que os mesmos percam a ideologia, o interesse e a dedicação verdadeiramente apaixonante pela profissão. E isso reflete nos alunos e no que é apresentado nas escolas.

Blog do Fernandes: Você no segundo grau optou pelo Magistério e chegou a dar aulas. A questão salarial te afastou da profissão?
Jeruza: Na verdade tive uma decepção muito grande quando comecei a lecionar. Dava aula em uma escola da periferia de Poá e tinha uma classe que não era nada homogênea. Crianças diferentes, com dificuldades de aprendizado. E muitos não conseguiam aprender nada porque tinham muita fome. E eu tinha um aluninho que vendia pipoca no trem. E quando ele não vendia o saco inteiro, o pai dele o queimava com cigarro. Então ele tinha o bracinho todo cheio de marcas e aquilo me revoltava muito e eu falei para a diretora que ia chamar esse pai e dar uma bronca. Aí a diretora falou: “Não, você não pode se meter. O que acontece do portão da escola para a fora, a escola não tem nada com isso”. E isso foi revoltante para mim. Mas em 1990 veio o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Hoje nós temos um estatuto que se a criança chega à escola com uma lesão, um machucado, é obrigação do professor comunicar diretamente às autoridades e naquela época não existia isso.

Blog do Fernandes: Você realmente acredita que o Estatuto da Criança e do Adolescente funciona?
Jeruza: Eu luto para que ele funcione. Eu sou apaixonada pelo ECA e acho que nós temos uma legislação de primeiro mundo e um País de terceiro mundo. Então muitas coisas ainda não são aplicadas, mas nós lutamos para que sejam, mas não são. Nós temos princípios e diretrizes que são maravilhosas e que eu particularmente acredito muito.

Blog do Fernandes: Existem falhas na aplicação do ECA?
Jeruza: Se uma criança que não tem pai, mãe e nenhum parente que queira ficar com ela e no município não tem uma instituição de abrigo, para onde o juiz determina que vá essa criança? Para Fundação Casa. Da mesma maneira que aquele que praticou um furto ou um delito é conduzido. Então tem falhas nisso. Não por conta da legislação, mas por conta da estrutura do Poder Público constituído, que não se adequou ao ECA. Hoje o estatuto determina que tenham os abrigos, que tenha a casa transitória, que tenha a convivência familiar e comunitária com as crianças que estão institucionalizadas. Isso não existe porque as pessoas não se prepararam para recepcionar. Hoje o jovem que infraciona vai para uma Fundação Casa. Quando ele sai não tem um acompanhamento, isso porque o Poder Público não se preparou, porque não é a Fundação Casa que da isso, não é o ECA. O estatuto prevê a continuidade, mas o Poder Público não oferece isso e esse é um dos problemas.

Blog do Fernandes: O que pode ser feito para auxiliar na recuperação dos jovens que infracionam?
Jeruza: Quando eu fui presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e secretária de Assuntos Jurídicos, implantei em Poá, em 2005, quase 2006, se não me engano, um projeto chamado Projeto Munhoz que era um atendimento e um acompanhamento a esses jovens que infracionaram. Porque se a gente fala “o jovem infrator”, você rotula como se ele fosse sempre aquilo e ele não é. Às vezes ele cometeu aquilo por uma necessidade, às vezes até de fome. Ele roubou para comer. Então eu não costumo rotular. Eu coloco que “é jovem que infracionou”, porque ele não é, na sua essência, infrator. Eu acredito nisso. Eu acredito no ser humano potencialmente bom e que existem desvios que acontecem na vida de qualquer um, inclusive nós estamos suscetíveis a isso.

Blog do Fernandes: Fale um pouco mais sobre o projeto Munhoz?
Jeruza: Eu fiz o projeto, pois na época nós tínhamos um índice muito grande de marginalidade e eu fiz uma pesquisa durante dois anos no balcão do Fórum. Durante dois anos eu tive cuidado de verificar tudo. Todos os processos que entravam da Infância e Juventude. Eu percebi nessa minha estatística que a maioria dos jovens começavam com um pequeno delito e levavam a LA (Liberdade Assistida), uma medida socioeducativa porque jovem não recebe pena, e sim medida socioeducativa. Fui conversar com os jovens para que eles me falassem o que era LA e eles diziam: “Ah tia, LA é o seguinte: a gente faz as coisas erradas lá, aí eles chamam a gente e falam que a gente tem que ir lá uma vez por mês assinar o livrão preto”. Qual a eficácia disso para alguém que cometeu um ato de infração? Nenhuma. Sabe o que acontecia com isso? Ele via que era muito fácil e potencializava a infração e com isso tinha reincidência. Então eu percebi que a maioria dos internos na Fundação Casa iam numa crescente justamente por conta da falta de eficácia da LA. Então eu fiz um projeto para tratar justamente a Liberdade Assistida.

Blog do Fernandes: Como funcionava o projeto?
Jeruza: Toda vez que chegava um caso de LA, imediatamente o conselho era comunicado, e o mesmo acionava uma rede que tinha entidades, empresários, entre outros. Encontrávamos o melhor local para este jovem e ele começava a fazer estágios, a trabalhar, algo do tipo. Isso é cuidar dos jovens. Ou seja, a gente tinha uma crescente e a partir do projeto foi registrado um decréscimo da reincidência. Foi algo inovador.

Blog do Fernandes: A questão social influencia no registro de crimes?
Jeruza: Sim, é o meio que muitas vezes direciona o jovem. Inclusive muitos chegavam em mim e me questionavam: “Você quer eu vá para este projeto para ganhar uma miséria por mês, sendo que eu ganho muito mais na boca?”. Então é difícil concorrer com a droga, com o tráfico de drogas, quando o município não oferece opções.

Blog do Fernandes: Você é formada em Direito. Por que decidiu graduar-se advogada?
Jeruza: Fui fazer Direito porque eu sentia a necessidade de fazer alguma coisa para as pessoas. E o Direito se apresentou para mim em um momento em que me senti desamparada, sem muitas opções. Então o Direito se apresentou como um grande leque aberto, com um viés muito grande. E certamente foi a melhor coisa que fiz na vida.

Blog do Fernandes: Quando a política entra na sua vida?
Jeruza: A partir do momento dos conselhos municipais. O conselho foi o meu pezinho na política. Através dele é possível buscar políticas públicas. Depois disso passei a fazer parte de outras coisas.

Blog do Fernandes: Que tipo de coisas?
Jeruza: Eu trabalhava nos bastidores para o meu marido (Eduardo Batista Reis - ex-vereador e ex-vice-prefeito de Poá). E surgiu o chamado para a candidatura. Porém, vou ser sincera. A princípio eu achei que o partido queria que eu apenas cumprisse a cota das mulheres. Então entrei sem muito gosto. Sempre fui muito atuante e não achava necessário ser vereadora para fazer alguma coisa no município. Acreditava que trabalhando nos conselhos, nas entidades, poderia fazer muito. Mas me propus a disputar a eleição e me empenhei nisso.

Blog do Fernandes: E como observa seu trabalho na Câmara de Poá?
Jeruza: O cenário político hoje é muito manchado. E o que tento demonstrar com o meu mandato é exatamente o contrário. Tento demonstrar qual realmente é a função do vereador, que é legislar, fiscalizar, pedir, reclamar, apresentar para o Poder Executivo aquilo que precisa ser feito. Mas hoje existe uma inversão, muito assistencialismo na vereança. E eu quando assumi me coloquei à disposição para demonstrar que existia uma diferença. No meu gabinete eu digo não quando a pessoa vem pedir dinheiro, cesta básica, Xerox. Isso porque as pessoas têm de compreender que isso não é função do vereador. Gabinete não pode ser local de moeda de troca. As pessoas não precisam fazer mendicância com os parlamentares.

Blog do Fernandes: A sua postura não assustou os outros vereadores?
Jeruza: A princípio houve uma hostilidade. Eles acharam que eu ia desmontar um esquema instalado há anos. E os homens são mais unidos, por uma série de situações. Então eu fico mais separada. Mas hoje eu adquiri um respeito e também respeito o modo peculiar de cada um. Mas no começo tive que ser muito dura, mais dura do que eu pensava que pudesse ser (risos). Mas tive que ter uma postura muito firme para demonstrar que pode ser diferente, que eles não tinham que me hostilizar, que eles tinham que me aceitar.

Blog do Fernandes: E como é sua relação com a administração do prefeito Francisco Pereira de Sousa (PDT), o Testinha ?
Jeruza: Quando eu entrei já havia os grupos de situação e oposição. E eu me senti muito a vontade de transitar entre eles, justamente por não ter nenhum tipo de comprometimento com ninguém e fiz questão de não ter. Sempre deixei muito claro isso. Então quando é uma coisa boa eu estou junto, eu apoio, mas senão é eu também falo. Então nunca me senti ameaçada e olha que fui no começo.

Blog do Fernandes: Como analisa o trabalho do vereador de uma forma geral?
Jeruza: Na verdade o vereador tem uma limitação grande. Isso porque ele pode fazer projetos desde que os mesmos não criem despesas para o município. E muitos vereadores fazem projetos com esta característica. Sabem que a propositura vai ser vetada, mas apresentam assim mesmo só para ter a empatia com o público. Eu não faço isso. Acho este tipo de atitude uma enganação. Então prefiro fazer o que é realmente viável. E mesmo assim muitos dos meus projetos são vetados.

Blog do Fernandes: Como avalia seu trabalho na presidência do PTB de Poá?
Jeruza: Está sendo um aprendizado. Uma grande escola. Ganhei a presidência, após uma decisão verticalizada e está sendo um grande desafio. Tive que colocar a casa em ordem e isto deu um pouco de trabalho. Depois começou a fase de filiações e aí percebi uma coisa diferente, que a legislação não fala, que a mídia não fala. Existe um mercado negro, paralelo, da questão das filiações partidárias. Muitos candidatos pedem dinheiro para se filiar a determinada legenda. E eu achei isto uma coisa estranha, até porque ideologia partidária é uma coisa que não tem preço .

Blog do Fernandes: Assumir o PTB de Poá não gerou uma crise com a família do ex-prefeito Roberto Marques?
Jeruza: Respeito muito ele. Não concordo com muita coisa, mas respeito a sua história, trajetória. Assinei a desfiliação dele e de algumas pessoas. Então entendo que não fui muito bem vista aos olhos deles. Porém, houve uma ruptura no partido. Há 45 anos o PTB estava com a família Marques. Porém, não foi algo que partiu de disputa interna. Veio de forma verticalizada. E eu estou disposta a fazer o melhor. Não quero ser mais uma.

Blog do Fernandes: Como o PTB de Poá está se preparando para as eleições?
Jeruza: Meu partido está muito tranquilo. Já temos definições para majoritário e proporcional. Então temos a chapa completíssima, com pessoas que acreditaram em ideais e não em trocas financeiras e isto é muito interessante.

Blog do Fernandes: Você fala em definições. O Azuir Marcolino Cavalcante será o candidato a prefeito?
Jeruza: Agora é o momento de pré-disposições. Hoje a pré-disposição do partido é que ele seja o pré-candidato a prefeito e eu a pré-candidata a vice. Porém, esse cenário só vai se consolidar no ano que vem.

Blog do Fernandes: Você tem se destacado na região por causa da sua atuação positiva nas rede sociais? Isso é um diferencial?
Jeruza: Acho que é um diferencial sim. Mas é porque tenho uma ótima assessoria também. A equipe faz a diferença. E acho importante estar nas redes sociais porque a maioria dos jovens não lê jornais e prefere as redes. Então, na verdade, se fazer presente nas redes sociais é alcançar também esta parcela do público.

Blog do Fernandes: Que mensagem tenta passar para os internautas?
Jeruza: Mostrar exatamente o outro lado da política. Que não existe só sujeira, mas um lado bom. Tento despertar nos mais jovens que eles enxerguem a política de forma diferente.

Blog do Fernandes: Você está trabalhando na elaboração de um livro. Qual o objetivo deste projeto?
Jeruza: Esse livro, na verdade, o pano de fundo dele é para mostrar minha trajetória. Uma trajetória de mulher. É lógico que a gente vai incrementar, colocar os artigos, até porque eles determinam as fases da política, da vida pessoal.

Blog do Fernandes: Já tem previsão para o lançamento deste livro?
Jeruza: Está nos detalhes finais. Nesse momento ele está sendo prefaciado e está sendo feito com muito carinho. E a gente pretende lançá-lo até o final do ano. Parte do que for comercializado vai ser revertido para a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), que será instalada em Mogi das Cruzes. Como esta entidade faz um trabalho maravilhoso, optamos por essa atitude.

Blog do Fernandes: Para finalizar, deixe uma mensagem para os leitores do blog?
Jeruza: Acho que o cargo eletivo é algo transitório. Então eu estou passando como vereadora e a gente não tem que ter apego a isso, porque acredito que as pessoas devem ter uma profissão e não fazer da política uma profissão. A política é um viés da vida, que você se coloca para servir ao próximo. Eu cresci ouvindo isso, que a gente tem que viver para servir. Quem não vive para servir, não serve para viver. Também é preciso, sempre, fazer a diferença. Ser você mesmo. Ou seja, a partir do momento que eu tiver que mascarar um sentimento, ou uma situação e deixar de ser a Jeruza, de acreditar nos meus ideais, minhas convicções, não terei mais razão de estar aqui. Isso para mostrar para outras pessoas que elas podem vir sendo quem elas são e pensando da forma que pensam. A minha vinda para Câmara, certamente, foi para abrir a porta para muitas outras pessoas que querem também fazer diferente.

Principais frases da entrevista:

"Eu sou apaixonada pelo ECA e acho que nós temos uma legislação de primeiro mundo e um País de terceiro mundo".

"Eu acredito no ser humano potencialmente bom e que existem desvios que acontecem na vida de qualquer um, inclusive nós estamos suscetíveis a isso".

"Então é difícil concorrer com a droga, com o tráfico de drogas, quando o município não oferece opções".

"O cenário político hoje é muito manchado. E o que tento demonstrar com o meu mandato é exatamente o contrário".

"Hoje existe uma inversão, muito assistencialismo na vereança. E eu quando assumi me coloquei à disposição para demonstrar que existia uma diferença".

"No meu gabinete eu digo não quando a pessoa vem pedir dinheiro, cesta básica, Xerox. Isso porque as pessoas têm de compreender que isso não é função do vereador. Gabinete não pode ser local de moeda de troca. As pessoas não precisam fazer mendicância com os parlamentares".

"Quando é uma coisa boa eu estou junto, eu apoio, mas senão é eu também falo. Então nunca me senti ameaçada".

"Sabem que a propositura vai ser vetada, mas apresentam assim mesmo só para ter a empatia com o público. Eu não faço isso. Acho este tipo de atitude uma enganação".

"Existe um mercado negro, paralelo, da questão das filiações partidárias. Muitos candidatos pedem dinheiro para se filiar a determinada legenda".

"As pessoas devem ter uma profissão e não fazer da política uma profissão".

Fonte: http://www.blogdofernandes.com/ Foto: Michel Meusburguer

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