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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Pastor de Biritiba Mirim acusado de estuprar oito crianças em igreja nega crimes: “Elas dormiam na cama e eu no altar”

Um pastor evangélico acusado de abuso sexual de menores em Biritiba Mirim, interior de São Paulo, nega os crimes e diz que, apesar de levar crianças com idades entre 4 e 9 anos para dormir na igreja, nunca cometeu estupro.

Santino Ferreira, 57 anos, líder da igreja Pode da Fé, afirmou que buscava as crianças na escola quando estas eram deixadas lá pelos pais, e as levava para a igreja para não ficarem na rua. “Eu deixava as crianças na minha cama e dormia no altar”, disse o pastor em entrevista ao G1.

Ainda sem advogado, o pastor nega os estupros contra as crianças: “Nada disso é verdade. Eu pegava as crianças na escola, deixava elas na minha casa porque queria ajudar. Fazia isso espontâneo. Eu pegava crianças no colo, beijava na testa, tudo isso ali no altar. Para mim é normal. Agora se alguém olhou diferente, eu não posso dizer nada”, lamentou.

Segundo o delegado Marcos de Almeida Tourinho, responsável pelo caso, a existência de oito casos semelhantes põe em xeque a versão do pastor: “Uma criança mentir, ou duas, tudo bem. Mas já estamos com oito vítimas e a cada dia surgem novas crianças com a mesma versão. Para a Polícia Civil, o suspeito cometeu estes estupros, as crianças ficavam na igreja e dormiam com ele. Nas investigações, descobrimos que o pastor buscava as crianças mais velhas na escola. Existe um padrão de vítimas: são todas em situação de vulnerabilidade social”, afirmou.

As acusações contra o pastor começaram quando uma criança teria flagrado o abuso contra uma de suas colegas: “Ela contou o fato para mãe, que é amiga da mãe das crianças. Neste caso são dois irmãos, uma menina de 4 anos e um menino de 6 anos. Quando a mãe questionou o filho, ele confirmou o abuso”, revelou o delegado.

Tourinho disse ainda que a Polícia irá investigar se o pastor acessava materiais pornográficos ou de pedofilia em seu computador pessoal. Durante a abertura dos inquéritos, a investigação descobriu que o pastor Santino Ferreira já havia cumprido prisão de 11 meses por furto em 1980.

As investigações, porém, também se estenderão sobre os pais das crianças que supostamente teriam sido estupradas pelo pastor. De acordo com o delegado Tourinho, há a suspeita de negligência por parte dos responsáveis pelas crianças: “Não é possível que uma mãe ou um pai deixe as filhas dormirem na igreja ou ficar até tarde da noite com um pastor. Não pode uma criança ficar sozinha com um homem dentro de um local fechado. Constatamos que algumas mães deixavam as meninas com o pastor para ir à balada ou namorar. As mães serão punidas neste caso”, disse.

Fonte: GM

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