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segunda-feira, 9 de junho de 2014

O tempo de Deus, por Maria Regina Canhos

É impressionante avaliar como nos tornamos reféns das nossas expectativas em relação ao mundo e às pessoas. Trata-se de uma espera ansiosa e nem sempre certa, embora o possa parecer em princípio. Às vezes, temos a sensação de possuir certos direitos. Podemos basear nossas expectativas em probabilidades ou promessas. Esperamos um bem cuja realização julgamos provável. Desejamos e achamos que vai acontecer. Mas, muitas vezes, simplesmente não acontece. Passam-se dois dias, cinco... Passam-se meses, anos... Passam-se décadas... E nada acontece. O tempo de Deus não é igual ao nosso.

Na segunda carta de Pedro, capítulo 3, versículos 8 e 9 está escrito: “Amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tenham por tardia; mas é paciente para conosco, não querendo que alguém se perca, senão que todos venham a se arrepender.”

Ora, se sofremos as demoras de Deus é porque ainda não chegou o momento da consolação. Em Eclesiastes, capítulo 3, versículo 1 se lê: “Para tudo há uma ocasião, e um tempo para cada propósito debaixo do céu.” A expectativa pode ser boa ou ruim, dependendo da forma como a empregamos. Ansiedade demais traz apenas sofrimento e dor. Cansa, exaure, faz a fé minguar. Para obtermos sucesso em nossa espera, a expectativa deve estar acompanhada da confiança. Crença de que tudo irá chegar ao seu bom termo, pois Deus não desampara seus rebentos.

Ficar esperando inúmeras vezes leva à desolação, principalmente quando não estamos preparados para as demoras do Senhor. Um dia para Ele é como mil anos, e mil anos como um dia. A alma do crente é preciosa para Deus, portanto, Ele empreende esforços para não deixar que se perca um só filho seu, mas se arrependa enquanto ainda há tempo.

Às vezes, anos são necessários para que a pessoa perceba onde está errando. Sem consciência do erro não há conversão nem mudança de vida. Justificar nossos deslizes pode ser eficaz entre os homens, mas é completamente ineficiente diante de Deus e seus estatutos. Somente o arrependimento nos assegura o perdão e a chance de trilhar uma nova vida.

Qual a sua expectativa? O que está esperando? Um emprego, uma casa, um carro? Saúde, sucesso, dinheiro, reconhecimento? Ótimo. Necessitamos de um mínimo para nos sentirmos bem e felizes. Agora pergunto: como anda sua moral, seus costumes, sua ética, sua prática diária? Consegue andar de cabeça erguida entre os homens de bem?

Nada adianta esperar benção se a vida que apresenta merece repreensão. Corrige primeiro suas maneiras, então poderá clamar pela misericórdia e graça do Pai Celeste. No segundo capítulo de Habacuque, versículo 3b, encontramos: “Ainda que se demore, espere-a; porque ela certamente virá e não se atrasará.” O tempo de Deus é perfeito e suficiente para nos fazer enxergar o que não desejamos ver, para nos conscientizar acerca da necessária mudança que impede a graça de se manifestar em nossa vida.

Se não compreendemos é porque ainda nos falta fé. A confiança nas promessas divinas é alicerce para o exercício da espera não ansiosa ou angustiante. Expectativa sem confiança é tarefa frustrante para qualquer pessoa. Cansa, desanima, abala emocionalmente. Com confiança é certeza de vitória, é alegria, é benção para a nossa vida.

Se existe algo certo é que não estamos sozinhos diante das incertezas e problemas da vida. Podemos contar com o auxílio que vem do alto. Nossas expectativas devem estar alicerçadas, porém, no tempo de Deus e não no nosso. Com confiança e fé venceremos mais essa prova!

Maria Regina Canhos é escritora
E.mail: mariaregina.canhos@gmail.com

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