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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Refém das dificuldades, por psicóloga Maria Regina Canhos

Existem momentos muito difíceis de serem enfrentados durante a nossa caminhada terrena. O desemprego, a desilusão e a doença são exemplos disso. Obviamente, existem mais, mas em poucas linhas não há como descrever todo o opróbrio da humanidade. A mecanização do campo, o investimento realizado no aprimoramento das indústrias, a informatização, conseguiram agregar recursos e aperfeiçoar a utilização do tempo, ceifando os postos de milhares de trabalhadores. Facilidades oferecidas às famílias carentes pelo governo possibilitaram o ingresso de muitos nas escolas e universidades, resultando em centenas de profissionais desempregados, porque a oferta está maior que a procura.

Quem se dedicou com afinco aos estudos se sente humilhado diante da escassez de opções, tendo de se sujeitar a cargos e funções piores e com remuneração inferior. É bem verdade que aquele que nada faz, sobrevivendo da caridade alheia, vem se beneficiando da situação atual do país, em que se exige apenas da classe média trabalhadora, massacrada por altos tributos e sem quaisquer auxílios como bolsa família, renda cidadã, vale gás, minha casa minha vida, PETI (programa de erradicação do trabalho infantil), cotas nas universidades, entre outros. Obviamente, tal gera desmotivação e desânimo.

O desemprego afeta a autoestima das pessoas, de modo que ficamos demasiadamente ansiosos e preocupados. Nossos esforços nem sempre são reconhecidos. No capítulo 05 da primeira carta de Pedro, versículo 07 está escrito que podemos lançar sobre Deus toda a nossa ansiedade, porque Ele cuida de nós. Em Filipenses, capítulo 04, versículo 06, lemos: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.” Ora, peçamos auxílio ao Pai, e isso irá nos confortar, pois na Bíblia está escrito em João, capítulo 15, versículo 07: “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.”

Peçamos um trabalho honesto e digno, que nos remunere de acordo com as nossas precisões, pois, quando entramos em contato com a realidade de forma frustrante, conhecemos a desilusão. Ela nos tira do engano, mas nos machuca porque estávamos iludidos com possibilidades ou promessas de coisas ou situações melhores. A desilusão pode nos levar à angústia (aquele nó na garganta com desejo de chorar) ou até mesmo à depressão (profundo estado de desolação com risco suicida) que depende do grau da frustração e desengano que a desilusão provocou.

Infelizmente, nem sempre conseguimos controlar as circunstâncias, e coisas ruins acabam nos acontecendo. No capítulo 09, versículo 12 de Eclesiastes, podemos ler: “...que também o homem não sabe o seu tempo; assim como os peixes que se pescam com a rede maligna, e como os passarinhos que se prendem com o laço, assim se enlaçam também os filhos dos homens no mau tempo, quando cai de repente sobre eles.”

Entretanto, não podemos perder a esperança, devendo ela nos servir de sustentação frente à desilusão, para que não fiquemos doentes. No Salmo 34, versículo 18, está escrito: “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado; e salva os contritos de espírito.” A doença se mostra terrível algoz da humanidade, ainda que possa servir para o nosso aprimoramento espiritual e pessoal. Quando falta dinheiro, a gente sente; mas, quando falta saúde, a gente sente muito mais, pois não há dinheiro que compre saúde e bem-estar.

A Bíblia diz no capítulo 08 de Romanos, em seu versículo 22a: “Porque sabemos que toda a criação geme...”. A enfermidade faz parte da vida do ser humano. É preciso respeitar nosso corpo, e cuidar para que esteja sempre saudável e disposto. Sabemos, no entanto, que teremos dificuldades, e nos cabe procurar os recursos disponíveis para tratamento. No capítulo 05 de Lucas, em seu versículo 31b, notamos que o próprio Jesus reconhece a necessidade que os doentes têm de serem tratados: “Não necessitam de médico os que estão sãos; mas sim, os que estão enfermos.” Reconheçamos nossa enfermidade, seja ela física, mental ou espiritual, e roguemos a Deus que nos cure e nos afaste de todo o mal, em nome de seu filho Jesus, amém.

Maria Regina Canhos é psicologa e escritora - E.mail:mariaregina.canhos@gmail.com

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